domingo, 8 de agosto de 2010

Vultos

O povo catarinense
Tem uma história pra contar.
Seus monumentos são testemunhas oculares.
Quando preparam a terra,
Sabem o que vão plantar.

No mar e nas entranhas da terra,
A vida podemos deslumbrar.
Há gente hospitaleira,
Seus hospedes com cuidado tratará.

Psicológicos a todos momentos
Milhares de Freuds, catarinenses de nascimento.
De olhos azuis, verdes,
Não se deixam enganar.

O sol nasceu para todos,
Más o maior quinhão
Coube para os catarinenses,
Que com sol, chuva ou geada,
Fazem colheitas dobradas.

A bandeira de Santa Catarina
Tem marcas confidenciais,
Mas o povo catarinense
Sabe de cor e salteado.

A lua namorada

Ó lua, nunca deixe de ser,
Dos poetas, namorada.
Os que não te sondaram
Não podem de poeta serem chamados.

Eu queria de ti
Despercebido passar,
Tu, ciumenta,
Fazes minha treva brilhar.

Os teus namorados são tantos,
E tu a todos consegue encontrar.
Por mais ciumentos que sejam,
Nunca podem reclamar.

Eles não vão para a cidade
Para não te deixar.
Os da cidade não têm a mesma sorte,
De te contemplar.

Pois tem a eletricidade para tapear.
Vez por quando ela falta,
É ai que a lua surge
Para eles admirarem.

A pena foi condenada

A pena que para ti escreveu
Foi condenada, mas nada sofreu,
Porque ela não te conhece.
Quem te conhece sou eu.

Ela apenas obedeceu
O que meu coração ditou.
A culpa não foi dela, nem minha,
Tu mesma é quem condenaste.

Quiseram nos separar
E tudo isto inventaram.
Tu não acreditaste em mim,
É por isto perdeste o meu amor.

A pena é um instrumento
E disto nunca passou.
Tudo o que ela escrever
Sempre tem que ter um autor.

Beleza do operário

A beleza do operário
Está escondida no coração,
Porque não se pode ver a beleza
Em um homem gotejando suor
Vestido de macacão.

É a mais bela beleza.
Porque sustenta as nações
Ser operário é obedecer
Ao pai da criação.
Com o suor de seu rosto
Ganhará seu pão.

O operário não pode
Cantar, nem chorar.
A emoção do operário
É dominada pelo patrão
O operário é continuador
Da obra da criação.
Enquanto houver operário
Na mesa não faltará o pão.

Falando do operário
E de suas emoções,
Se não houvesse operário
Não haveria patrão.
Um depende de outro
Na obra da criação.
Deus fez tudo bem feito,
Fez o operário e o patrão.

Cochicho

Quero lhe dizer
Que gostaria de tê-la
Em meus braços
E acariciar o seu corpo,
Beijar o seu rosto
E falar de amor.

E depois de fazê-la
Minha companheira,
Me ausentar de brincadeira,
Para que sinta saudade, e voltando
Começo tudo outra vez.

Sua ausência me traz inspiração,
Sinto uma coisa sem explicação,
Dominar meu coração,
Que só entendo
Quando me aproximo de você.


Você é meu sentido,
Sua voz me desperta
O meu ouvido
Com tanta melodia,
Como uma canção orquestrada
Com maestro e batuta.
Quando eu falo
Você me escuta
Com toda a sua atenção.

Do humano ao divino,
Recebo e dou tratamento fino,
Pois eterno será nosso amor.
Não faço como a abelha
Que esquece a flor em que pousou.

Silêncio

Silêncio...
Que a noite quer dormir
E eu quero me reconciliar
Com o amor que perdi.

O silêncio é propicio para amar,
Ele recompõe o que está fora do lugar,
Faz rir quem esta a chorar.

Ele é detentor de lagrimas,
Refugio dos perseguidos,
Trégua das guerras,
Alegria dos corações.

No mundo do silêncio
Construímos habitações
Onde tu falas
E eu escuto com devota atenção.

O silêncio é tão respeitado
Que nunca foi roubado.
Fazer silenciar uma criatura
É a maior sentença a que alguém
Pode ser condenado.

Dia das mães

Minha mãe amada,
Sem você, mãe,
Eu não seria nada.
Mãe, sinônimo de vida,
Quero para sempre lhe agradecer...
Por toda minha vida.

Quando não se tem mãe,
Chora-se, mas não se é consolado.
Feliz é o filho
Que tem a mãe ao seu lado,
Vence todas as jornadas
Por isso, todos os dias
Ela merece ser beijada.

O amor de mãe
Com nenhum outro
Pode ser comparado,
Exceto com o de Deus,
Que nos deu a mãe amada,
Um anjo que me amou
Antes de ser gerado.

A mãe nunca condena o filho,
Mesmo merecendo ser condenado.
É maior felicidade para o filho
Ter a mãe ao seu lado.